Gestação e Pilotagem

A motocicleta tem se tornado um meio de transporte cada vez mais usado pelas mulheres. Não é raro observarmos mulheres grávidas pilotando motocicletas, muitas vezes colocando em risco a própria gestação ou terceiros no trânsito, pelos impedimentos e dificuldades próprias das mudanças físicas e orgânicas deste período.

 A legislação brasileira não impede a mulher grávida de pilotar motocicleta. Porém, a gestação é fator de risco, inclusive para a direção de automóveis, desde o primeiro trimestre da gravidez.

No primeiro trimestre, a grávida pode apresentar enjôos, tonturas, lipotímias e hipoglicemias, que poderão causar acidentes de trânsito.
Já no terceiro trimestre, com o crescimento do volume uterino e conseqüente aumento da barriga, a postura na motocicleta fica prejudicada com impossibilidade de um posicionamento seguro e adequado para a pilotagem. Também há grande risco de lesões placentárias e fetais por desacelerações e solavancos.

Recomenda-se a gestante não pilotar e/ou ser carregada na garupa da moto, nas seguintes circunstâncias:
- No terceiro trimestre de gestação.
- Após longos períodos de jejum
- Se os pés estiverem muito inchados impedindo uso de calçados fechados.
- Na presença de intercorrências como náuseas, vômitos, tonturas, câimbras, pressão alta ou baixa, hemorragias, ameaça de aborto ou contrações.
- Em condições de calor demasiado ou sem um grau adequado de hidratação.
- Em outras situações recomendadas pelo obstetra .

- É também importante não pilotar até seis semanas após o parto, porque ocorre um decréscimo das respostas músculo esqueléticas na mulher neste período, além do risco aumentado de sangramentos.

A responsabilidade da gestante como condutora de qualquer veículo, seja ele carro ou moto, e sua obediência às leis de tráfego são idênticas a de todos os condutores, sendo imprudência não seguir as recomendações citadas, vulnerabilizando a sua própria integridade bem como a de outras pessoas.